sexta-feira, 27 de julho de 2012

Festival do Camarão em Afuá valoriza a pesca artesanal

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Mais de cinco toneladas de camarão regional e pitu comporão o cardápio do maior evento gastronômico e cultural do município de Afuá, na Ilha do Marajó, que acontece entre os dias 26 e 30 de julho. O 30º Festival do Camarão de Afuá é a principal vitrine da produção agrícola do município e atrai um público cada vez maior a cada edição. Este ano a organização do evento estima a participação de 30 mil pessoas.
A produção virá de sete ilhas do entorno de Afuá, onde cerca de 500 famílias, além do extrativismo de açaí, têm na pesca artesanal do camarão uma das principais atividades. Quase todas essas comunidades, situadas às margens dos rios Afuá e Santana, foram reconhecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como assentamentos agroextrativistas.
O Festival do Camarão é organizado pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com a Prefeitura de Afuá. A programação se concentrará na quadra municipal de esportes da praça principal. O acesso, inclusive aos shows, será livre e gratuito. Haverá, ainda, exposição e venda de quitutes à base de camarão (com destaque para a caldeirada de pitu) e concurso de Miss e Míster Camarão. “Nos dias do Festival, a população da cidade chega a dobrar. O município recebe pessoas vindas de todos os lugares, até de Macapá, que é presença constante aqui”, explica o chefe do escritório local da Emater, engenheiro agrônomo Alfredo Rosas.
A safra do camarão em Afuá, apontado como um dos maiores produtores do Estado, começa em maio e se estende até agosto. O mês de julho é considerado uma época de pico: cada família chega a retirar do mar 30 quilos por semana. O camarão abastece o mercado local e é importado para o Amapá e várias partes do Pará. “Uma característica forte da produção agrícola daqui de Afuá é justamente essa importação: a produção é grande e de qualidade”, explica Altenes Monteiro, ex-secretário municipal de Agricultura.
De acordo com a Emater, atualmente o processo de captura artesanal, que pode ter efeito predatório, está se ajustando em termos ambientais. “Estamos conscientizando os pescadores para devolverem ao rio as fêmeas ovadas de pitu e para separarem os camarões pequenos em viveiros, até o desenvolvimento completo”, explica Rosas. A Emater também está negociando, ainda para este ano, a assinatura de um contrato com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), para que os pescadores locais forneçam camarão para entidades que desenvolvem trabalho social. Além disso, a Empresa vem reivindicando a participação dos agricultores no mercado de merenda escolar.
Texto:Aline Miranda - Emater
postado por Portal do Marajó

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